domingo, 28 de junho de 2015

Ela come pétalas de rosas



Ela come pétalas de rosas,
eu como pétalas,
espalhei sementes de flores 
por toda a existência
agora, vem você em flor de beijos

( edu planchêz )

Edu no caule e Catarina nas folhas



De olho no que faço por essa Terra,
se é o Sol no céu e Catarina na Terra.
Se é Edu no caule e Catarina nas folhas

Largas folhas de ouro
Largas folhas de neve e creme de leite

De olho no que faço por essa Terra,
se é o Sol no céu e Catarina na Terra.
Se é Edu no caule e Catarina nas folhas

( edu planchêz )

sábado, 27 de junho de 2015

PARA OS OUVIDOS DE CATARINA CRYSTAL





Preciso recorrer a válvula do poema para despertar o Taj Mahal
que vive sobre as pontes formadas por teu corpo e meu corpo,
nas fotografias astecas nunca morro, nunca morres;
o centro da amêndoa manhã se faz ídolo de cerâmica ante aos beijos teus,
és o dom de amarrar cálices de gelo no sopé das árvores,
a guirlanda de flores petrificadas que envolve meu ventre e o teu

Dinamarca-Mulher, a feitura dessa obra liberta de vocábulos
que nunca se trancafiam nas rédeas do comum
diante de tua beleza extravagante,
de tua voz que rasga para o sempre meu coração de tudo,
a via láctea de nada
Só o superlativo me interessa, sou o superlativo,
a reação atômica em cadeia amorosa se espalhando
pelos contornos de teus seios,
os bilhões de cometas noturnos que se afundam
na geleias da alma tremula
A angustia alimenta o poema, é o combustível,
não se preocupe,
é na hora do quase suicídio que nasce a obra das obras
Herdamos a dor dos metais derretidos,
das pedras e dos ossos partidos,
da carne rasgada pelos dentes das feras do amor
e da fome explosiva
De volta ao Taj Mahal
mergulhado nas combinações de nossos líquidos seminais
Se não cuspirmos os espinhos não continuaremos,
se não comermos espinhos, não continuaremos, é assim,
o espinho é vital para que aprendamos a vomitar
e ejacular nosso canto de víboras pelas faces
A flor azulada do breu luminoso, agora vai falar,
atender os apelos das canções que ouves de minha boca,
de tua boca, bocas mães de todas as esferas
e dimensões que são espelhos de outras dimensões,
que não sei dizer, que sei dizer assim que os beijos de teus beijos...
se atracarem com os beijos de meus beijos

( edu planchêz )

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Sou um arco-íris ambulante, 
algo de cinema, escultura, 
vetor de todas as artes

                         ( edu planchêz )

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Com uma Cadela



Com uma cadela tatuada no ombro do céu,
olho para Rosa Kapila mãe de meu filho,
olho para os olhos reis da rainha Catharina 
e apanho uma flor de urânio

Com um escorpião imprimido nos relógios,
caio com os raios, com as chuvas,
com as águas formadas pelo espelho e teu rosto

( edu planchêz )

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Catharina





meu amor é figo, semente de amora...
a arte de tecer nuvens nos cabelos,
o reino de todos os pássaros 


( edu planchêz )

quinta-feira, 18 de junho de 2015

cadeceu do sol



boa noite, almas douradas que dormem cedo
no além da madrugada,
eu vi aquele pé de ficus benjamina 
com suas raízes aéreas,
folhas em formato elíptico 

apontando para o palácio duque de caxias
e para a central do brasil



Essa árvore se multiplicam por estacas lenhosas
e sementes,
eu me multiplico me subtraindo, 
apanhando no chão teu frutas
e planetas cogumelos, armagedons espetaculares,
pessoa poema, pessoa ultra miragem,
artística imagem no cadeceu do sol

( edu planchêz)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

no dia dos namorados


bem que eu queria ser teu namorado, 
ou tua namorada,
sou um homem feminino,
façamos o seguinte,
hoje a gente inverte,
você passa a ter pênis
e eu, vagina,
é o místico dia dos namorados,
poucas pessoas compreendem o que significa
o que é ser namorados,
amantes,
fodedores sagrados,
aranhas peludas cheias de leite lilaz de perfumes,
reinante dama cavalheiro repleta( o )de chuva e uvas



( edu planchêz )

OS ZUMBIS


os zumbis nascem,
em treze segundos ( em,13 segundos morrem )
na distancia de uma noite para outra,
do desleixo, nunca da virtude
os zumbis nos estremessem,
nos arremessam do alto de Piza,
no meio da neve,
nos redemoinhos,no fogo...
resta-nos mergulhar na fenda,
no orifício triangular das preces,
no silencioso porão do céu

( edu planchêz )

Pequena garota do blues



Pequena garota do blues,
em teus braços montaria uma flor de lábios
Sinto inveja da tua roupa,
ela te toca, eu não te toco
vem garota, dançar,
a dança do acasalamento
das borboletas-ipês
na sonora montanha

Pequena garota do blues,
em teus braços montaria uma flor de lábios
Sinto inveja da tua roupa,
ela te toca, eu não te toco
Pequena Garota do Blues,
que se alastrem raízes,
galhos e folhas
de dentro dessa voz
e se espalhe por toda a Terra

( edu planchêz )
me escondo entre as dobras de teus lábios

terça-feira, 9 de junho de 2015

Absurda amada, o centro do nosso centro é a canção,
sou um cristal rosa, decifra-me, você é outro cristal rosa

 ( edu planchêz )
erva de índio de preto dos sem cor,
erva de bicho, trepadeira, 

cipó, planta de galhos peludos

   ( edu planchêz )
tarja preta boy,
cabeça de comprimido, respiridona cat 



( edu planchêz )

não devias esquecer



deusa
fêmea das cores carmins
fêmea
estou noite
sou essa planta peluda
e forte
( me sinto assim
forte sim, viril
algo de picasso
picasso, foi pai aos 80
com uma de 20 e poucos, coisa assim
sem arrogância
( eu não disse nada )
sou nada...
pozinho
ele também deveria ser
vapor de chuva
perfume comum
coisa de laranjeira
romã
abacate
dedos lindos,
os dos pés,
sabes que tenho o desenho de teus pés nos olhos
não sou nada,
nada mesmo
vapor de chuva,
vapor que não sai de mim
perfume comum,
não tem palha de aço sabão que tire,
já tentei,
desisti
perfume não deve tirar,
sabes que tenho o desenho de teus lábios nos olhos,
não devias esquecer
não devias esquecer, já que na arte me tens,
silencio,
apenas a imagem de uma águia vista com os olhos do oculto

 ( edu planchêz e o reino feminino )

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Da boa fumaça dos que pesam



Racionais Mc's quebrando meus ouvidos,
pernas e desenhos inocentes
mastigados pelo chumbo latejante,
pelo canhão da arrogância

A pipa se erguia cobrindo as imagens,
os raios trêmulos vindos das vidraças,
das cabeças esfumaçadas,
da boa fumaça dos que pesam,
dos que se armam de versos
para largar nas pestanas
dos meninos, pátrias de borboletas,
algumas réstias de delicadeza

               ( edu planchêz )

pelo cu da mentira que mata


na arte da desordem se movem os citadinos e as cidades,
sou apenas o que resta do espectro do que vimos nos comerciais,
nações se erguem juntando os tortos pregos,
sendo arrastadas pelo executivo japonês
que se arrasta rumo ao seu escritório
todos escravos, todos envenenados
pelos espelhos do dinheiro, pelo cu da mentira que mata
exercito de alexandre, exercito de formigas,
exercito de engraxates engraxando a porra dos muros,
a porra do castelo milionário
e você que morre nessa merda de avenida,
nessa lacraia sem mente
com Tavinho Paes risco com árvores punhais o chão,
a quadra onde dorme, o papiro que vossa majestade a pedra,
nos oferece após a inclusão de todos 

( edu planchêz )

O mastro movediço



Ave Homem eu,
o ouço em meio as fendas, frestas...
emergido nas folhas,
nos sulcos, cavidades
As mãos dela, perfeitas,
nos envolve,
se fecha...

O meio do meu meio do meio da tua metade,
absorve do verde, a floresta,
do vermelho,
o vulcão,
do amarelo,
a cama de pétalas,
do azul,
o mastro movediço

( edu planchêz )

que o diga mautner



-
você é deusa
do olimpo urbano
acropolis mulher
assim são os filhos do vento da meia noite,
os dançarinos do abismo
que o diga mautner

gata mãe de dois rios,
os daí e os de janeiro

 ( edu planchêz )

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Alta voltagem


Meu amor da esfera ametista,
colo meus lábios em tuas taças,
em teus espíritos lindos,
radares interiores da grande beleza
Os frutos do calor teu
se unem aos frutos do calor meu
para no descampado coração nosso
tecerem a maior de todas as histórias
Escrevo assim relâmpago
porque relâmpagos nos guiam
da cabeça aos pés,
dos pés aos íntimos sentidos,
as últimas consequências
do que há na raiz da alta voltagem
do nosso malabarismo amoroso

( edu planchêz )


Coração serpente do pântano dourado,
estende-nos vossa rede de paraísos

( edu planchêz )