domingo, 23 de agosto de 2015

as muitas taças esparramadas pelos bicos de meus seio



muro e mais muros...a arte de morde as pedras,
a arte de morde nãos...
cinema cuspido pelos que ainda não se encontraram,
pelos que ignoram que a arte de amar é maior de todas as artes
teus nãos são chuvas de pregos,
vida perdida, tempo derramado no ralo
pena tenho dos que se fecham,
dos que criam couraças para evitar minha doce pele,
o foder balsâmico, o beijo francês,
as muitas taças esparramadas pelos bicos dos seios

                     ( edu planchêz )

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Cortante Noite das grandes mágicas (Eu e Ela )



Cortante Noite das grandes mágicas,
a Tartaruga Mágica é a mola motriz desse novo Antônio Eduardo,
mais forte, mais belo, com mais bossa
O sangue novo do Poeta Fênix
pai terreno de Ícaro Odin,
move essas operarias letras,
a voz que ora é o meu trono
As forças armadas da "alma de borracha"
que abrigo e me abrigam
derrubam e erguem Impérios,
condados, jardins...
e entra para não mais sair no "Hotel Califórnia"
Artaud e Lorca,
atracai vossos navios
que a terra é mais que santa,
que meu enredo se mistura
aos enredos de Silas de Oliveira e Candeia
Bom plantio, boa colheita
Se planto e plantei deliricos versos
e Albarã canções,
colherei deliricos versos,
Albarã canções,
muitas pratas,
maxixe, almeirão e giló ( eu e ela )

( edu planchêz )

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Colhido pelas mãos de agosto magnifico



Colhido pelas mãos de agosto magnifico,
celeste azul céu, ela por ora em Curitiba,
eu no Rio de Janeiro


( edu planchêz )

A espada de Nitiren



Me sinto uma formiga andando sobre a pele de um cavalo,
isolado em minha própria carne,
no intervalo de uma madrugada e o que vem pelo próximo dia
Mas se tenho uma espada de ouro...
e não à uso da forma correta,
não estou sendo um bom espadachim,
e os que esperam de mim me verão mais humano?
Retomo a linha mestra do que digo
e recordo-me que não passo de um aprendiz,
e me dou uma nova chance de voltar de forma correta,
manejar a espada de Nitiren

 ( edu planchêz )

fios e dobras e curvas e...


sou a força do linho, da lã e do algodão...
o beijo que se abre em todas as tuas flores,
fios e dobras e curvas e... 


( edu planchêz )

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Ao chegares a São Sebastião do Rio de Janeiro





"O trovão agita as águas do lago e estas o seguem em ondas que brilham"
Corante artista conectada aos tons meus,
tons de Picasso e Frida,
Modigliani e Camille Claudel

Lamparina de óleo de sementes de algodão
e pétalas de jasmim,
iluminam as pedras de sal onde pisas
ao chegares a São Sebastião do Rio de Janeiro.
Você que aprecia os navios que chegam
e que partem
na direção norte leste sul oeste
do globo de nossos olhos
No marco do tempo dos pardais,
das brancas aves luas...

 ( edu planchêz )

Pela voz de Jim Morrison




Minha Noiva é a fumaça,
o amor que sinto pela ganja
sentinela desse momento
Vestida de vermelho e dourado,
entra em minha nave de distorções,
em meu sino de cristal rosa
que pulsa na rotação
dos átomos cor de anjos
Ele fala comigo,
eu falo com ele ( a outra voz ) que nesse agora
e para todas as horas é o meu amor,
átomos cor de anjos,
cor de ametista virada na porta
das visões auspiciosas
No Grand Canyon,
sob as tendas que armamos
entre as fendas da pedra lunar,
agora estamos,
ao deserto embalado pelas núpcias
das voz da riqueza,
pela voz de Jim Morrison

 ( edu planchêz )

domingo, 2 de agosto de 2015

Ao pensares



Eu quero falar desse rosto marcado ou desenhado
pelo cintilante, forjado pelo orgulho,
por essa outra voz que nos fala
ao pé do ouvido, nos sensores
indiscutíveis da veloz alma

Assim ao mistério nasce o poema e o poeta,
a ação de riscar na tábua da verdade
e da mentira alguma coisa
e ao mesmo tempo o nada
Os símbolos que os dias e as noites
vão deixando em meu rosto
se revelam e não se revelam nas fotografias,
nos filmes das luzes,
nas camadas sublimes do artesanato
que gestas ao pensares em mim,
ao pensares

( edu planchêz )

A Fêmea do Peixe Dourado



A Fêmea do Peixe Dourado
desce lentamente a colina,
de tão linda a colina,
de tão linda fêmea...
Seu caminho é um chão de estrelas,
de notas musicais e verduras fadas
A Fêmea do Peixe Dourado
desce lentamente a colina,
de tão linda a colina,
de tão linda fêmea...
Seu caminho é um chão de estrelas,
de notas musicais e verduras fadas


 ( edu planchêz )

quarta-feira, 29 de julho de 2015

FADINHA




O Rio Antigo nada antigo, me confia as suas joias,
um colar de perolas negras,
os verdes olhos di my Fadinha,
a delicadeza a mim oferecida pelos açucares do céus
Ela bem sabe de quem falo,
muito dizem que não há outra Galla de Dali na Terra
eu digo que há, e ela me encontrou,
no meio do jasmim, nos gomos do globo de aço,
no fumegar dos azeites de nossas andanças
My Perola de leite de rosas e flores de pêssegos,
miss Catarina Crystal da voz,
dos mirabolantes cantares intra-ventrais,
ultra-crateras de sonhos atravessados
pelo feixe branco do prisma
das cores primárias
de tudo que estudei
Vinde delicia solta alem do sono,
vinde a caminhares a elegância,
no deleite da musica que decola de tua boca,
boca essa, de lendas cerejas
Verde atriz lilas dourada azul vermelha,
cromo dama da lis invenção,
a arte se faz nosso elmo, a armadura
a coroa e a lança
Conta comigo quantos estão nesse estádio,
nesse colosso, nesse teatro arena...
olho no olho, sangue no sangue

( edu planchêz )

o homem que sou hoje




o homem que hoje sou,
toca no sereno, sente-se sagrado,
olha profundamente para o fundo
da pirâmide invertida,
estende os braços e toca em ti


 ( edu planchêz )

Senhora, salteadora de montanhas e fogueiras




7h10m de terça

Você chegou a mim guiada pela a estrela Janis,
arrancou de dentro e si, do ventriluco esquerdo, 
a Blues Woman, o Ond The Road pulsante,
o valioso café da rua chamada planeta
Love my life,
por todos os dias e noites da minha sonora vida,
sempre errando, busquei você em todas
Pequena garota do Blues,
sempre ouvi, "é a fêmea que escolhe".
assim o é no reino selvagem
Ouço o chamado selvagem,
ouço você rainha mágica de bordados e o rei da lua,
as plêiades, os cantos do Nilo...
Sentada na estrela Mérope,
eu, no asteroide do pequeno Príncipe...
mas nossas orbitas são tão próximas,
abraça-me Dama,
senhora do Campo de Trigo do Campo de Girassóis
de Vicente Van Gogoh
Senhora, salteadora de montanhas e fogueiras,
você tornou meus sonos bem leves,
pois como diz Raul Seixas,
és "a mulher que me está destinada"

( edu planchêz )

quarta-feira, 22 de julho de 2015

a colombina e o pierrô se abraçam...



o homem rei menino
e a mulher rainha menina
se casam diante do reino 
de taj mahal

e o rio de janeiro
recebe das mãos
desses pequenos grandes deuses
das artes canoras e escritas
um baobá de ouro,
a capa azul do pequeno príncipe...
crystal mulher,
o meu e o teu taj mahal...
flutua sobre a baia de guanabara,
no velho espírito tamoio
eu e minha mulher...
brindamos com a voz do sal
os muitos foliões
do carnaval que se inaugura
sete vezes sete, sete vezes...
a colombina e o pierrô
se beijam...

( edu planchêz )

Yoguis longevos




O gengibre se desfaz em minha saliva,
salivando observo o filete de fumaça
carregado de perfume de massala
Para os vasos de dentro levo o ar,
o orgônio, a visagem das celestes videiras...
Restauro meus orgãos
sob o ensinamento dos Yoguis longevos

( edu planchêz )

"emborboletada"


verde água, azul oceano,
as cartas escolhidas
pelo sentimento do nosso encontro,
e é a nossa farta voz se alastrando
pelas ruas, pelo palcos do rio de janeiro
que some e aparece em ti, em mim,
nos trilhos dos novos e dos antigos bondes,
no cargueiro que chega, no avião que parte
( e a nossa voz, beija paris )
por todo o delírio, por toda a fartura,
por todas as histórias,
pela historia que juntos desenhamos
no cobre de nossas peles,
na pele sinfônica dos corações,
no coração da nossa arte transbordante,
a ousada invenção de fazer a diferença,
o estar apaixonado pelo verbo borboleta
ela me disse...
"paixão louca, loucamente
apaixonada emborboletada por você"

 ( edu planchêz )

terça-feira, 21 de julho de 2015



Amor, aqui sonhando com você coroada de flores,
andando nua pela minha sala coronária


 ( edu planchêz )

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Miss Crystal



Com a madeira do vidoeiro faço um arco,
os caminhos estão abertos

Kenaz significa tocha, a iluminação 

No passado,
colocava-se, 
em volta dos acampamentos um anel 
protetor de tochas,
o qual representava uma defesa
contra animais selvagens
ou contra ataques de inimigos

Na mitologia nórdica,
o fogo é uma das energias que criaram o universo

O fogo produz calor,
podendo ser associado ao calor produzido pelo corpo,
pela temperatura do corpo,
determinamos a vitalidade natural de pessoas

Na edição dessas palavras rúnicas,
abro um portal, a boca da serpente,
convertendo o que passa pelas trevas,
o que se afugenta nos furos,
aquilo que meu irmão e minha irmã...
desejam...em realidade

Por nenhum motivo à deixarei,
vem viver comigo pelas curvas da estrada
do Bhuda do sol magnífico,
nada mais que isso,
Miss Crystal !

( edu planchêz )

domingo, 12 de julho de 2015

E hoje, te digo que és minha





Rainha de meus súditos olhos,
cabe na França de minha alma
toda a tua elegância,
os muitos rios de leite

Sobes ao alto de minhas torres
para veres os campos de trigo,
o morro do Corcovado,
as falantes areias de Ipanema,
os cordões de foliões...
o Rio de Janeiro...

As sendas vertiginosas do Deus aviador,
pousou a guitarra em teus cabelos,
nos anéis de teu ventre de música

E hoje, te digo que és minha,
que és do embrião que envolve os mitos
que nos alicerçam

Eu e Você, Jim e Pâmela...
sim, eu me agarrei aos raios da lua
para alçar tua janela,
os olhos teus aos meus

Se queimastes teus navios,
o mesmo fiz com os meus,
vos digo que também quebrei as chaves
para nunca mais de ti sair

Janis querida nos acena,
subamos lentamente os degraus,
ocupemos com nossas mães vozes, o palco,
as plumas, as três mil luzes,
os corações...
os atuais e os futuros dias 

( edu planchêz )

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Minha Imperatriz





Vamos ao poema,
aos lençóis de seda,
doce mulher,
obra de arte a mim confiada,
sementes unidas, casamento perfeito,
lua de mel, lua de coco

A arte de navegar
em nós com a deusa sedução
no comando do navio de pérolas e cristais,
ametistas e águas marinhas

Verdes faróis...
teus olhos,
mulher Frida,
Imperatriz

Para ti, estendo um tapete,
ora azul, ora vermelho
com as mãos cor de rosa

( edu planchêz )

A DUVIDA




Eu não sei se vou gostar do Monte Everest,
já vi fotos de seus vários ângulos,
histórias, filmes...
a duvida é se como quiabo ou berinjela,
ameixa ou abacate,
o lance é que não sei se gosto ou não gosto
de me mover na lama das tuas coxas

Sei que Paris existe, mas se eu não for a Paris,
ela não existe,
mas se ela não existe,
existem os modernos materializadores,
flocos de neve são vertidos em flocos de sol,
em rabos de serpentes,
em dragões que cospem bolas de sorvete

E não poderia deixar Macondo de fora
dessa construção literária,
já que herdei de seus pássaros,
o dom de encolher as cidades
e a distancia que há entre nossas bocas

( edu planchêz )

06-07-2015



Na pérola do umbigo de meu amor,
do meu umbigo,
do nosso umbigo
É no umbigo que se nasce,
é o terreiro primeiro da existência
Louco para que cante
de corpo presente pra mim
Louco para que mova
na língua-vitrola,
o estranho disco,
a alma amante

( edu planchêz )


Meu amor de azul escuro,
na cor do eu,
aliada,
cúmplice,
das minhas mais novas
primitivas danças

( edu planchêz)

Meu amor e seu violão




Eis Edu Planchêz 
amando muito uma mulher,
um simples humano vivendo 
a maior de todas as aventuras,
que é amar alguém

Amo porque me amo,
porque a noite se impõe
e eu me afundo no belo,
nas muitas páginas do bem,
nos planetas a serem descobertos
,
Eu homem, ela mulher,
corante tingindo vestes
de lenha e luz,
arte escavada na tez,
nos intervalos das batidas...,
nos trancos do ir e vir do sangue

Meu amor e seu violão,
avião de espumas espelhadas,
gata estonteante,,
artista fabulosa

E eu me curvo a esse ser
vindo dos olhos de minha mãe,
dos amores-perfeitos
dos jardins de Curitiba

( edu planchêz )

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Catarina Crystal





Catarina Crystal
me espera num poema,
entre a carne e a casca da maçã

Entre a carne das maçãs
do meu rosto e do rosto de Catarina Crystal
há um planeta imã,
um certo clima,
as antenas da boa sorte,
as canções do grande amor


( edu planchêz )

é sobre pressão de uma alma policia que sangro esse poema




caetano veloso se mostrou gente como a gente ( sempre foi )
numa foto tirada por sua ex-mulher
numa varanda de um hotel na Bélgica ( e divulgada em redes sociais )
ela tenta denegrir a imagem do bardo,
mestre dos poetas cantores
desse país que não sabe onde moro
os pobres de tudo estão em todos lugares,
no escaninho das cartas,
no lixo do banheiro, nas moradas de luxo,
nas telas da selvageria dos que constroem o dinheiro que mata
vivendo assim,você nunca compreenderá o sentido dos cavalos brancos
que puxaram a carruagem que levou o corpo-templo
de James Brown para o centro da Terra amada
é sobre pressão de uma alma policia ( por ora ) que sangro esse poema,
que arrasto minha angustia de nada ter, de pouco ter,
de morar de favor com alguém que por razões menores,
diz me odiar e fala em jogar meus pertences
e minha vida na rua
"seu filho feio e louco ficou só, chorando feito fogo à luz do sol"
mais as falas do imensurável amor de minhas entranhas,
tudo perdoa e sabe com quase exatidão
que o efêmero permeia tudo que habita a delicada existência,
sou um mero arregimentador de vocábulos,
de letras caminhantes, de imagens que não ferem
os que estão abertos para o sempre novo,
para a eterna festa

( edu planchêz )

domingo, 28 de junho de 2015

Ela come pétalas de rosas



Ela come pétalas de rosas,
eu como pétalas,
espalhei sementes de flores 
por toda a existência
agora, vem você em flor de beijos

( edu planchêz )

Edu no caule e Catarina nas folhas



De olho no que faço por essa Terra,
se é o Sol no céu e Catarina na Terra.
Se é Edu no caule e Catarina nas folhas

Largas folhas de ouro
Largas folhas de neve e creme de leite

De olho no que faço por essa Terra,
se é o Sol no céu e Catarina na Terra.
Se é Edu no caule e Catarina nas folhas

( edu planchêz )

sábado, 27 de junho de 2015

PARA OS OUVIDOS DE CATARINA CRYSTAL





Preciso recorrer a válvula do poema para despertar o Taj Mahal
que vive sobre as pontes formadas por teu corpo e meu corpo,
nas fotografias astecas nunca morro, nunca morres;
o centro da amêndoa manhã se faz ídolo de cerâmica ante aos beijos teus,
és o dom de amarrar cálices de gelo no sopé das árvores,
a guirlanda de flores petrificadas que envolve meu ventre e o teu

Dinamarca-Mulher, a feitura dessa obra liberta de vocábulos
que nunca se trancafiam nas rédeas do comum
diante de tua beleza extravagante,
de tua voz que rasga para o sempre meu coração de tudo,
a via láctea de nada
Só o superlativo me interessa, sou o superlativo,
a reação atômica em cadeia amorosa se espalhando
pelos contornos de teus seios,
os bilhões de cometas noturnos que se afundam
na geleias da alma tremula
A angustia alimenta o poema, é o combustível,
não se preocupe,
é na hora do quase suicídio que nasce a obra das obras
Herdamos a dor dos metais derretidos,
das pedras e dos ossos partidos,
da carne rasgada pelos dentes das feras do amor
e da fome explosiva
De volta ao Taj Mahal
mergulhado nas combinações de nossos líquidos seminais
Se não cuspirmos os espinhos não continuaremos,
se não comermos espinhos, não continuaremos, é assim,
o espinho é vital para que aprendamos a vomitar
e ejacular nosso canto de víboras pelas faces
A flor azulada do breu luminoso, agora vai falar,
atender os apelos das canções que ouves de minha boca,
de tua boca, bocas mães de todas as esferas
e dimensões que são espelhos de outras dimensões,
que não sei dizer, que sei dizer assim que os beijos de teus beijos...
se atracarem com os beijos de meus beijos

( edu planchêz )

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Sou um arco-íris ambulante, 
algo de cinema, escultura, 
vetor de todas as artes

                         ( edu planchêz )

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Com uma Cadela



Com uma cadela tatuada no ombro do céu,
olho para Rosa Kapila mãe de meu filho,
olho para os olhos reis da rainha Catharina 
e apanho uma flor de urânio

Com um escorpião imprimido nos relógios,
caio com os raios, com as chuvas,
com as águas formadas pelo espelho e teu rosto

( edu planchêz )

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Catharina





meu amor é figo, semente de amora...
a arte de tecer nuvens nos cabelos,
o reino de todos os pássaros 


( edu planchêz )

quinta-feira, 18 de junho de 2015

cadeceu do sol



boa noite, almas douradas que dormem cedo
no além da madrugada,
eu vi aquele pé de ficus benjamina 
com suas raízes aéreas,
folhas em formato elíptico 

apontando para o palácio duque de caxias
e para a central do brasil



Essa árvore se multiplicam por estacas lenhosas
e sementes,
eu me multiplico me subtraindo, 
apanhando no chão teu frutas
e planetas cogumelos, armagedons espetaculares,
pessoa poema, pessoa ultra miragem,
artística imagem no cadeceu do sol

( edu planchêz)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

no dia dos namorados


bem que eu queria ser teu namorado, 
ou tua namorada,
sou um homem feminino,
façamos o seguinte,
hoje a gente inverte,
você passa a ter pênis
e eu, vagina,
é o místico dia dos namorados,
poucas pessoas compreendem o que significa
o que é ser namorados,
amantes,
fodedores sagrados,
aranhas peludas cheias de leite lilaz de perfumes,
reinante dama cavalheiro repleta( o )de chuva e uvas



( edu planchêz )

OS ZUMBIS


os zumbis nascem,
em treze segundos ( em,13 segundos morrem )
na distancia de uma noite para outra,
do desleixo, nunca da virtude
os zumbis nos estremessem,
nos arremessam do alto de Piza,
no meio da neve,
nos redemoinhos,no fogo...
resta-nos mergulhar na fenda,
no orifício triangular das preces,
no silencioso porão do céu

( edu planchêz )

Pequena garota do blues



Pequena garota do blues,
em teus braços montaria uma flor de lábios
Sinto inveja da tua roupa,
ela te toca, eu não te toco
vem garota, dançar,
a dança do acasalamento
das borboletas-ipês
na sonora montanha

Pequena garota do blues,
em teus braços montaria uma flor de lábios
Sinto inveja da tua roupa,
ela te toca, eu não te toco
Pequena Garota do Blues,
que se alastrem raízes,
galhos e folhas
de dentro dessa voz
e se espalhe por toda a Terra

( edu planchêz )
me escondo entre as dobras de teus lábios

terça-feira, 9 de junho de 2015

Absurda amada, o centro do nosso centro é a canção,
sou um cristal rosa, decifra-me, você é outro cristal rosa

 ( edu planchêz )
erva de índio de preto dos sem cor,
erva de bicho, trepadeira, 

cipó, planta de galhos peludos

   ( edu planchêz )
tarja preta boy,
cabeça de comprimido, respiridona cat 



( edu planchêz )

não devias esquecer



deusa
fêmea das cores carmins
fêmea
estou noite
sou essa planta peluda
e forte
( me sinto assim
forte sim, viril
algo de picasso
picasso, foi pai aos 80
com uma de 20 e poucos, coisa assim
sem arrogância
( eu não disse nada )
sou nada...
pozinho
ele também deveria ser
vapor de chuva
perfume comum
coisa de laranjeira
romã
abacate
dedos lindos,
os dos pés,
sabes que tenho o desenho de teus pés nos olhos
não sou nada,
nada mesmo
vapor de chuva,
vapor que não sai de mim
perfume comum,
não tem palha de aço sabão que tire,
já tentei,
desisti
perfume não deve tirar,
sabes que tenho o desenho de teus lábios nos olhos,
não devias esquecer
não devias esquecer, já que na arte me tens,
silencio,
apenas a imagem de uma águia vista com os olhos do oculto

 ( edu planchêz e o reino feminino )

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Da boa fumaça dos que pesam



Racionais Mc's quebrando meus ouvidos,
pernas e desenhos inocentes
mastigados pelo chumbo latejante,
pelo canhão da arrogância

A pipa se erguia cobrindo as imagens,
os raios trêmulos vindos das vidraças,
das cabeças esfumaçadas,
da boa fumaça dos que pesam,
dos que se armam de versos
para largar nas pestanas
dos meninos, pátrias de borboletas,
algumas réstias de delicadeza

               ( edu planchêz )

pelo cu da mentira que mata


na arte da desordem se movem os citadinos e as cidades,
sou apenas o que resta do espectro do que vimos nos comerciais,
nações se erguem juntando os tortos pregos,
sendo arrastadas pelo executivo japonês
que se arrasta rumo ao seu escritório
todos escravos, todos envenenados
pelos espelhos do dinheiro, pelo cu da mentira que mata
exercito de alexandre, exercito de formigas,
exercito de engraxates engraxando a porra dos muros,
a porra do castelo milionário
e você que morre nessa merda de avenida,
nessa lacraia sem mente
com Tavinho Paes risco com árvores punhais o chão,
a quadra onde dorme, o papiro que vossa majestade a pedra,
nos oferece após a inclusão de todos 

( edu planchêz )

O mastro movediço



Ave Homem eu,
o ouço em meio as fendas, frestas...
emergido nas folhas,
nos sulcos, cavidades
As mãos dela, perfeitas,
nos envolve,
se fecha...

O meio do meu meio do meio da tua metade,
absorve do verde, a floresta,
do vermelho,
o vulcão,
do amarelo,
a cama de pétalas,
do azul,
o mastro movediço

( edu planchêz )

que o diga mautner



-
você é deusa
do olimpo urbano
acropolis mulher
assim são os filhos do vento da meia noite,
os dançarinos do abismo
que o diga mautner

gata mãe de dois rios,
os daí e os de janeiro

 ( edu planchêz )

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Alta voltagem


Meu amor da esfera ametista,
colo meus lábios em tuas taças,
em teus espíritos lindos,
radares interiores da grande beleza
Os frutos do calor teu
se unem aos frutos do calor meu
para no descampado coração nosso
tecerem a maior de todas as histórias
Escrevo assim relâmpago
porque relâmpagos nos guiam
da cabeça aos pés,
dos pés aos íntimos sentidos,
as últimas consequências
do que há na raiz da alta voltagem
do nosso malabarismo amoroso

( edu planchêz )


Coração serpente do pântano dourado,
estende-nos vossa rede de paraísos

( edu planchêz )

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Clarinetes




Felina girassol do que ainda não vejo,
hortelã sob a língua, arte de andar com os olhos,
margaridas colcheias semibreves...


Basquiat ação,
à teus pés canto,
entre teus dedos desenho guitarras,
harpas, clarinetes...
"sou o Rei Lagarto, posso fazer tudo"
antes e depois das chuvas,
das serpentes que gesta para mim

Deusa do sangue meu,
do sangue das tintas pirâmidais,
beijostesão ouroflor,
almas colhidas nos andares teus


( edu planchêz )