sexta-feira, 24 de abril de 2015

Hoje estive na porta de teu edifício



Ruas de rios,
arcadas luas agarradas por mãos 
que não são as tuas;
de joelhos choro por não a ter no corpo,
na cama, nos lençóis, no palco,
nas coroas do céu

Hoje estive na porta de teu edifício,
vi teu vulto e o meu saindo do cinema,
sem nenhum dos tons do cinza,
te procurei em meu peito,
achei uma cratera, um abismo sem teus beijos
e continuei a chorar

Eu choro, complexo te procurar
e permanecer emergido no sal de Copacabana...
eu choro, acho que o farei pela vida inteira


 ( edu planchêz )

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