quinta-feira, 23 de abril de 2015

no cinza e no ouro



Envergo mas não quebro, 
se perco o sono, é para debulhar a espiga,
o favo de estrelas vindas do leite, 

do colostro, do seminal
É me afundando no orgânico 

erguendo pirâmides de gelo,
artérias e veias, 

que chego onde nunca ninguém chegou,
onde chegaste
,
Na missão da flor lama, 

na lama borbulhante dos céus,
nos asteroides do que agora escrevo
usando o nada, 

as longos galhos da árvore de pedra,
as cinzas do distante, 

as névoas que se abrem
sobre os esqueletos das cidades
que edifico no cinza e no ouro


( edu planchêz )

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