Envergo mas não quebro,
se perco o sono, é para debulhar a espiga,
o favo de estrelas vindas do leite,
do colostro, do seminal
É me afundando no orgânico
erguendo pirâmides de gelo,
artérias e veias,
que chego onde nunca ninguém chegou,
onde chegaste
,
Na missão da flor lama,
na lama borbulhante dos céus,
nos asteroides do que agora escrevo
usando o nada,
as longos galhos da árvore de pedra,
as cinzas do distante,
as névoas que se abrem
sobre os esqueletos das cidades
que edifico no cinza e no ouro
( edu planchêz )
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