quinta-feira, 14 de maio de 2015

Fruto da dor, um grito vômito para continuar caminhando





O que tem dentro dessa casa,
caberia numa cobertura de dez quartos,
a tristeza que golpeia-me é dona da cidade dos demônios,
da cabeça desses que desejam as trevas,
e a falta de ar dos que empunham cetros
e tochas e piras e cinzas sanguíneas


A morte passeia por entre gravetos,
ao lado da vida que também é morte,
borrões, manchas...
partes de luas cortadas com os dentes
do que ainda não é podridão


E o futuro que veio do passado,
continua comendo os pães cozidos
e tragando o gás das bilhas
que roubamos dos que estiveram em Algaves


    ( edu planchêz )

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