quarta-feira, 13 de maio de 2015

Ondas de sal


 

Héron,
admirável engenheiro de Alexandria,
bom dia!


Arte para os gregos é sinônimo de tecnologia

Entre eu e Fernando Pessoa há uma tênue linha,
uma talha de vinho, dois barris de água

Mas ao abrir os braços, toco nos pés,
nas letras de Herberto Helder,
e voo para além dos números que computam
o correr dos anos


E meu grande amor, a literatura,
se move nas retinas dos blocos monolíticos
usados para se erguer o grande farol,
o farol de Alexandria,
o farol construído há mais de dois mil anos,
continua dando amor aos barcos,
marcando as ondas de sal


( edu planchêz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário