domingo, 24 de maio de 2015

Os caminhos que me levam ao Congo



Edu Planchêz e nada é tudo,
as vinte cabeças da hidra azul,
o espantalho, Alceu cuspindo fumaça e gasolina,
a avenida Atlântica e todos os mares do surto

Na noite geme os nomes que deve gemer,
falo com você, falo comigo,
falo com as antenas


As pepitas que não estão em minhas mãos,
devem estar nas tuas,
nas camadas góticas do meu sono,
da minha e da tua tara

E eu não ligo para os ponteiros,
tenho os relógios devidamente esmagados,
meu tempo é contado de frente para atrás

Acho que queres que eu conte tudo,
o último jantar, a volta alegre do parafuso...
mas de tudo pouco sei,
os caminhos que me levam ao Congo,
se alteram no gps...
e eu vendo tudo,
vendo o que sempre devo ver,
o que deves ver

( edu planchêz )

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